Especialista dá dicas de como exercê-lo
Líderes corporativos negociam o tempo todo, seja para aprovar projetos, lançar novos produtos, reduzir custos ou atingir as metas da equipe. Neste caso, exercer o poder de influência depende das suas habilidades pessoais – que podem ser desenvolvidas com treinamento, quando necessário – e do seu estilo de liderança, segundo Renato Hirata, presidente da Hirata Consultores.
Para convencer uma pessoa a apoiá-lo, é preciso que ela primeiramente entenda o propósito daquele objetivo ou projeto para a vida profissional dela. "O líder precisa casar os propósitos dos membros da sua equipe com os da organização", afirma o especialista. No caso do cumprimento das metas, por exemplo, ele lembra que a oferta de gratificações e promoções é limitada. Portanto, o ideal é que o próprio funcionário defina as suas metas, porque ele poderá expressar o que faz realmente sentido para ele.
"Muitas vezes, o funcionário acaba definindo metas superiores às que o gestor tinha em mente", afirma. "Quando o trabalhador entende o propósito do que faz, seja qual for a atividade, ele trabalha com prazer. Não há lugar para esgotamento físico ou mental e os resultados são muito melhores", acrescenta Hirata.
A diferença entre o líder influente e o ditador é a sua compreensão sobre o que move as pessoas com quem trabalha - equipe, pares e superiores - e sobre o seu ambiente profissional. "Quando ele entende isso, a aderência às suas idéias ou propostas fica muito mais fácil, quase automática", afirma Hirata.
Um exemplo prático é como aprovar projetos com gestores superiores. "Você precisa entender quem são os ouvintes, criar curiosidade e criar um slogan, ou seja, uma frase-chave que estimule as pessoas a escutá-lo. Não comece pela apresentação em power point", sugere.
Ao negociar no dia a dia, os líderes também encaram situações de impasse, porque uma das partes entende que está perdendo enquanto a outra está ganhando. Neste caso, o especialista recomenda focar o problema como adversário e não o outro indivíduo. Desta forma, os dois lados podem mover os seus respectivos recursos para criar uma solução conjunta, que agrade os dois lados.
Nancy Campos