Confira algumas dicas sobre como o serviço recém-lançado pode ser aproveitado pela sua empresa
POR J BARBUSH
Vice-presidente diretor criativo de social media da RPA*
Lançado no fim de agosto, o Hyperlapse é um app do Instagram que reproduz time-lapse, técnica fotográfica na qual a frequência dos frames é reproduzida em ritmo muito mais rápido do que quando foram registradas. Veja como as marcas podem utilizá-la:
1. Pense primeiro, filme em seguida
O brilhante do serviço é a possibilidade de utilizar o time-lapse sem precisar de equipamentos tradicionais. Antes de começar a experimentá-la, comece a pensar como esse recurso se encaixa no storytelling visual de sua marca. O time-lapse é um elemento transitório, uma forma interessante de conectar duas cenas através da passagem do tempo, mas que por si só não segura a narrativa.
O Hyperlapse pode transformar a cena de um cara entrando em um prédio em algo incrível, com uma velocidade 12x, mas ainda assim é só uma pessoa entrando em um prédio. As marcas devem redefinir o elemento do time-lapse em vez de utilizá-lo somente para recriá-lo.
2. É fácil para você, difícil para seu device
Quando você abre o app, tem só uma escolha: gravar. Essa é a breve curva de aprendizado, mas a simplicidade produz limitações. A ferramenta funciona melhor quando você a programa para capturar movimento, preferivelmente a certa distância. Quanto mais tempo você filma, mais interessante o produto final ficará, ainda mais com a passagem dramática do tempo.
Mas um vídeo longo acaba com a memória e a vida da bateria. E mesmo que você tenha memória para gravar o vídeo, o device pode ficar cheio e pedir para que você delete itens. Mas uma vez que o vídeo está completo, você pode dar um preview nas 12 opções de velocidade, para depois compartilhar o material no Instagram ou Facebook. Super simples.
3. Prenda a câmera
O time-lapse fica melhor quando a câmera está parada sobre o tripé. Também é importante ter uma fonte de luz constante ou que muda gradualmente para, por exemplo, mostrar o dia virar noite. Meu primeiro teste foi posicionar meu celular em frente ao retrovisor e dirigir até estacionar o carro na garagem. Conforme a luz mudou, a qualidade do vídeo foi afetada e não deu para assistir. Em outros testes com a câmera no tripé consegui resultados muito melhores.
4. Hyperlapse não é stop-motion
Não tente close-ups, ainda mais se outros elementos (como mãos) entram no frame. A câmera não pode processar uma mudança de foco tão rápido, e seu vídeo ficará borrado e pouco profissional. O Vine, por exemplo, conta com o recurso stop motion que permite que você vá de frame e frame e ajuste foco e exposição. No Hyperlapse, para melhor ou pior, você aperta e esquece.
5. Estude os arredores
Não gosto de vídeos no Instagram. Tira a simplicidade do feed. Há uma expectativa sobre o conteúdo da rede social. Técnicas mais elaboradas parecem funcionar melhor no Vine. O Hyperlapse também dá a opção de exportar o vídeo para o Facebook. É possível que a audiência aceite a tecnologia, porque o newsfeed da plataforma já é bastante receptivo a diversas formas de conteúdo. Independentemente disso, se utilizada fora do contexto, é bem provável que a técnica fique velha rápido.
6. Saiba onde compartilhar
Diferentemente do Vine, que oferece preview e formato para filmar, o Hyperlapse filma full-frame, vertical ou horizontalmente, mas não necessariamente exporta nessas dimensões. No Facebook, é possível postar no formato widescreen, mas o Instagram só aceita a tela quadrada. Tenha isso em mente quando estiver filmando. Lembre-se de uma tira de cada lado do vídeo será cortada quando você fizer o upload no Instagram. Durante esse processo, ajuste o vídeo ao formato quadrado.
*Este artigo foi originalmente publicado no Fast Company
Fonte: Proxxima