Podcast deve ser uma das principais mídias em 2024

Pesquisa aponta que é o meio que tem maior crescimento, na intenção de consumo, e que tem impacto significativo entre as gerações Z e Y

Neste meu novo momento de carreira, tenho observado de perto as transformações no cenário midiático com ênfase nos podcasts e videocasts. Os números do recente relatório divulgado pela Nielsen sobre o consumo só confirmam o que tenho percebido: o podcast deve ser a principal mídia em 2024.

Segundo a pesquisa, 21% dos entrevistados planejam aumentar sua escuta de podcasts no próximo ano. Esse é o índice mais significativo de crescimento quando comparado a todas as outras formas de mídia, com nenhuma delas ultrapassando a marca de 12%. É um indicativo claro de que esses conteúdos estão ganhando cada vez mais espaço no cotidiano das pessoas.

O contrário também chama a atenção: apenas 6% dos ouvintes pretendem ouvir menos em 2024, registrando o número mais baixo no relatório. Isso reforça a ideia de que a fidelidade dos ouvintes de podcasts é notavelmente alta, e a mídia parece ter conquistado um lugar cativo em suas rotinas.

Um ponto particularmente interessante é o impacto nas gerações Z e Y. Estes grupos são os que mais planejam expandir sua escuta de podcasts, indicando uma forte conexão e identificação com esse formato de conteúdo. É evidente que os podcasts estão se tornando um meio preferido de consumo de mídia para as gerações mais jovens, afinal, os programas são acessíveis e podem ser ouvidos em praticamente qualquer lugar, seja durante o trajeto para a escola ou durante exercícios físicos.

Não podemos ignorar que nos últimos três anos, o podcast experimentou um aumento de 40% na escuta em todo o mundo. Esse crescimento é quase duas vezes maior do que o consumo de televisão e redes sociais no mesmo período. A pandemia teve um impacto significativo no consumo, pois durante os períodos de lockdown e distanciamento social, muitas pessoas buscaram novas formas de entretenimento e informação, e os podcasts emergiram como uma escolha popular.

Mais motivos para essa mudança marcante no comportamento de consumo de mídia: uma pesquisa divulgada pelo Exploding Topics, revelou esperar que a receita de anúncios de podcast cresça para US$ 2,56 bilhões em 2024. E segundo o estudo Podcast Player Market, o tamanho global do mercado de reprodutores de podcasts foi avaliado em US$ 1.562,8 milhões em 2022 e deve se expandir a um CAGR de 17,98% durante o período de previsão, atingindo US$ 4.215,48 milhões até 2028.

A notícia recente sobre a integração de podcasts na programação do SBT, conhecida como “PodNight“, reforça ainda mais essa ascensão. O SBT reconhece o potencial interativo, democrático e moderno que a internet oferece aos criadores de conteúdo e busca levar esses conceitos para a televisão. Além do Flow e Vênus, ambos parte do Grupo Flow, outros podcasts já estão confirmados para fazerem parte desse projeto inovador.

Os números não mentem, e a tendência clara é que essa forma de mídia continuará a desempenhar um papel cada vez mais proeminente em nossas vidas. Acreditar na evolução dos podcasts, é como apoiar uma combinação de dados tangíveis, mudanças nas preferências de consumo de mídia e a capacidade dessa forma de conteúdo se adaptar e evoluir continuamente, além de ser um excelente formato para comunicação das marcas de forma orgânica e não intrusiva.

A jornada rumo ao futuro é promissora, e mal posso esperar para vivenciá-la junto a vocês.

Fonte: Sarah Buchwitz